A tia safada e a descoberta de novas atitudes

Parágrafo 1. 

O início - A separação.


Pode parecer pretensioso mas às vezes saber por onde começar ajuda a entender muitas coisas. Já estive envolvida em um relacionamento há 10 anos, planejei constituir família, até comprei um terreno para construir uma casa, mas como por mais que eu estivesse apaixonada, simplesmente não conseguia me dar bem com meu atual ex-namorado.
- Assim, depois de mais uma discussão, entre outras coisas sobre o ciúme dele pelo meu trabalho como professora, decidi romper o noivado por volta de novembro de 2004.
Dez anos de noivado não são facilmente rompidos, muitas discussões se seguiram em minha casa, com o mútuo amigos, com todos do seu lado. No final fiquei sozinha, mesmo na minha casa minha família apoiou ele e não eu!
-No início de 2005, tive que enfrentar muitas coisas sozinha, uma dessas foi ter que aprender a usar o computador para ver as classificações dos meus testes de professora no site nacional de educação.
Mesmo com 32 anos eu morava em casa com minha família, minha mãe, meu pai doente, meu irmão, minha irmã e o filho dela, meu sobrinho Guilherme. Ele tinha apenas 13 anos, mas já sabia usar o computador muito melhor do que eu, então, depois da escola, ele me ajudava a me cadastrar em sites, ler e-mails, usar o MSN, o Yahoo ou o Skype.
- O início do ano letivo em fevereiro trouxe novas provas para eu passar, entre os meus colegas tornou-se habitual usar a internet para enviar aos alunos os trabalhos de casa ou para que lhes fossem enviadas provas para serem corrigidas e também para conversarem entre si não só via MSN ou Skype, mas com o que era o Facebook daquela época, o Orkut.
Eu não sabia por onde começar a criar minha conta no Orkut, mas meu sobrinho sabia. O Guilherme me mostrou e teve paciência de me apoiar em um momento bastante confuso e novo da minha vida. Apesar dos treze anos, ele parecia mais maduro do que os alunos que ensinei na escola.
Ele também era a única pessoa com quem eu conseguia conversar em casa sem sentir aquele peso, aquela sensação de culpa por ter terminado um relacionamento que já durava tantos anos.
- Comecei a conversar com ele e a passar mais tempo com ele, levava-o ao cinema, ao parque, às compras, às lojas quando eu queria comprar sapatos ou roupas, às vezes até para me fazer companhia no bar enquanto bebia um chopp e ele um copo de coca

- Assim, mesmo depois do jantar ou nos fins de semana, muitas vezes assistíamos televisão juntos, às vezes desenhos animados, às vezes séries de TV ou filmes. Tratei ele como um companheiro, um amigo, e não percebi que ele estava passando por uma fase crítica, a de adolescente. 
Muitas vezes, as coisas sobre as quais nós conversavam iam além de um relacionamento normal entre tia e sobrinho. Além disso, também devido ao calor do dia, eu não prestava muita atenção em como me vestia sobretudo durante a limpeza da casa eu costumava ir de camiseta e calcinha, e quase sempre, quando limpava o quintal com a mangueira, minha camiseta ficava toda molhada e grudada no meu peito... E o Gui estava quase sempre lá, às vezes para me ajudar, às vezes para brincar comigo.
Isso teve algumas consequências...

Comentários